Mãe. Inquieta. Lésbica. Foda-se. ▶ #Herstorytelling

Feminismo queerizado passa pano pra pedofilia

Não existe expressão melhor do que “passar pano” para retratar exatamente o que mulheres feministas fazem quando protegem a teoria queer com unhas e dentes. Sim, elas estão limpando o ambiente para que os machos possam continuar reinando sem dificuldade. Sendo suas mais fiéis servas. E a maioria delas jura que está ao lado das mulheres. O que eu quero denunciar – e estou tentando fazê-lo já tem mais de um ano para as mães feministas – é que o movimento queer, por meio da defesa das sexualidades transgressoras, está se apropriando do movimento feminista com objetivos muito bem definidos, embora eles não sejam assim tão óbvios “a olho nu”. Antes de mais nada, eu gostaria que você soubesse que eu não sou mais feminista, muito menos feminista radical. Eu pulei fora do feminismo porque como mãe periférica e como lésbica, ele não me representa. E como eu não acredito em reforma e sim em revolução, saí. Mas não é porque eu saí que não vou aproveitar dos espaços políticos feministas para dar continuidade a uma produção de conhecimento baseada na materialidade histórica, na matrilinearidade história, no silêncio histórico das mulheres. Silêncio este imposto pelos homens por meio da força. Eu saí por um motivo: silenciamento das minhas especificidades. E vou falar sobre esse feminismo colonizado sim porque é tudo o que está ao meu alcance neste momento para fazer a minha própria vida melhorar. Eu não tô aqui pra salvar ninguém além de mim mesma, mas sei que a minha luta compartilhada pode alterar microuniversos que podem alterar outros microuniversos e, bem, se este é todo o poder que eu tenho, então vou usá-lo.

DENÚNCIA

Há um ano, tive acesso a um post de uma pessoa trans do movimento queer bastante famosa em que ela repostava uma imagem seguida de uma legenda. A imagem era na verdade um gif animado de um pênis entre duas nádegas. E na legenda, estava escrito algo mais ou menos assim:

“Para iniciar meu filho em sua sexualidade, roço meu pênis entre suas nádegas até que ele implore para ser penetrado.”

Horrorizada com aquilo, tendo sido vítima de pedofilia e sendo amiga de várias mulheres que foram abusadas pelos próprios pais, tratei de enviar o link para um restrito grupo de mães do qual eu fazia parte, lutando junto com elas pela gestação e parto dignos, maternidade consciente e educação não-violenta para as crianças. Eu imaginei que elas ficariam tão horrorizadas quanto eu, porque todas elas eram ativistas pelo fim da violência contra as crianças. Mas fui ingênua: duas das quatro mães para quem eu passei o link idolatravam as teorias queer. Uma delas era simpatizante do queer. E a quarta se horrorizou. Porém, como as outras mães todas eram entre favoráveis e defensoras ferrenhas do queer, provavelmente ela foi levada a concluir que eu estava vendo coisas onde não tinha, que era birrinha boba. Sim, eu arrumei uma imensa dor de cabeça. Mesmo tendo enviado o link de forma privada para um número restrito de mães, passei a ser acusada de transfóbica por uma delas, a mais apegada às teorias queer. Fui acusada de querer acabar com todo um movimento por causa de “discurso problemático” de uma pessoa. Como se compartilhar apologia a abuso sexual de uma criança pelo próprio pai pudesse ser relativizado dessa forma, como se isso pudesse ser reduzido a um mero “discurso problemático”. As consequências da denúncia para a minha vida pessoal não importam no momento, mas se você quiser entender melhor o que eu passei, clique aqui, pois essa história já estou cansada de contar.

Acontece que agora, um ano depois, a confirmação de que aquilo não era apenas um discurso problemático de uma pessoa do movimento queer pulou na minha timeline (do facebook). Era um flyer virtual de um evento que aconteceria no México. Um evento promovido por ativistas queer. Um evento em que uma palestra era sobre “ativismo pedófilo” e outra era sobre “incesto de pai e filha como estratégia de vínculo afetivo”. Não fiquei chocada, pois eu já sabia do que o queer se trata. São piratas do gênero, roubando a luta das mulheres em benefício próprio. Ou seja: para manterem seus privilégios masculinos.

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MAS AFINAL, O QUE É O MOVIMENTO QUEER?

Talvez você esteja chegando agora na discussão com a sensação de que não está entendendo nada. Ou, talvez, você, sem saber de tudo o que eu escrevi ali em cima, tenha se aliado ao movimento queer, brigando com outras “mulheres cis” para que as trans fossem acolhidas dentro do feminismo. Se a segunda opção retrata você e só agora você compreende quanta cagada fez por ter sido induzida ao erro, não se culpe. Eu já estive no seu lugar. E não vou te condenar por isso.

O movimento queer é, aqui no Brasil, mais conhecido como LGBT. É a união das diversidades sexuais todas juntas lutando contra a homofobia e agora contra a transfobia. Ou seja: esse movimento não representa as lésbicas ou as bissexuais. Afinal, mulheres continuam sendo o segundo sexo mesmo dentro do ativismo gay. Homens gays e pessoas trans (com exceçao dos homens trans) também se beneficiam da exploração das mulheres. Por exemplo: homens gays também têm suas cuequinhas lavadas pela mamãe enquanto suas irmãs são obrigadas a limpar a casa desde novas. Não importa a orientação sexual ou a identidade de gênero: se a sociedade enxerga determinada pessoa como homem, essa pessoa não será obrigada à feminilidade, a cuidar da casa, a arrumar um marido, a ter filhos. E homens gays também não querem perder a boquinha, pois ela garante a eles bastante tempo livre para a diversão enquanto as mulheres cuidam das tarefas por eles. Se não é a mamãe ou a irmã, é a empregada. Portanto, é impossível que haja ganhos no feminismo quando o que dita esse feminisno são as vozes do movimento queer. Os piratas do gênero. Os colonizadores.

Esse movimento teve início na década de setenta, exatamente quando o movimento lésbico começava a ganhar força. O queer foi uma resposta contrária ao movimento lésbico, e foi bastante eficaz. Se os pensamentos construídos por lésbicas ganhassem a Academia – a ciência -, a dominação masculina correria um grande perigo. Afinal, lésbicas são as mulheres que não estão cegas de amor pelos homens e que, por isso, têm uma forma de pensar e agir no mundo livres de manipulação. Esses pensamentos não podiam ganhar força na Academia. Foi a Academia que silenciou historicamente as mulheres, héteras e lésbicas, mães ou não-mães, brancas e principalmente negras. Fizeram isso não as aceitando dentro delas. Posteriormente, as mulheres eram aceitas, mas suas ideias roubadas e creditadas a homens, com as devidas modificações. Cada vez mais mulheres entravam para a Academia e isso representava um perigo para a perpetuação do patriarcado por meio das teorias acadêmicas e da ciência. Era necessária então uma estratégia para continuar silenciando as mulheres.  Essa estratégia nasceu de homens gays e o nome dela é Queer. Um movimento cujas fontes são a psicanálise de Freud (aquele que inventou que mulheres têm inveja do pênis e que as crianças desejam sexualmente seus genitores) e de Lacan (aquele que disse que a mulher não existe) e também o movimento artístico pós-moderno, que tira a materialidade – e a política – do ato artístico e “eleva” a obra a um patamar conceitual, aquilo que “só os inteligentes podem ver”. Se a mulher não existe, se a mulher não é materialidade, se a mulher é uma mera construção social, abstrata, conceitual, então qualquer pessoa pode se reivindicar mulher. E, reivindicando-se mulher, o pensamento feminista também pode ser construído por essas pessoas que só querem continuar podendo excluir as mulheres da produção de conhecimento a fim de continuarem se beneficiando da exploração das mulheres dotadas de sistema reprodutor feminino. O objetivo do movimento queer é a reforma do feminismo e ele pretende única e exclusivamente devolver as mulheres materiais aos seus devidos lugares. E como os ativistas fazem isso? Nos chamando de cis (eu não sou cis, nem você) e dizendo que somos privilegiadas por termos nascido com os buracos que todos os homens héteros desejam, como se esse desejo não fosse exatamente tudo aquilo que queremos combater. Pois é por esse “desejo” que somos estupradas e assediadas. Os ativistas do movimento queer costumam dizer que nós reduzimos as mulheres a uma vagina tal qual os homens fazem quando nos objetificam e estupram. Mas a verdade é que eles é que nos tratam como as rivais que têm aquilo que eles não têm. São eles que nos enxergam como vaginas ambulantes, as concorrentes com quem nunca poderão competir, como se nós gostássemos de sermos tratadas pelos homens como um pedaço de carne com um buraco pra meter, gozar e sair fora depois de ter fecundado um óvulo, sendo obrigadas a cuidar dos nossos filhos sozinhas. Cinco milhões de crianças sem registro paterno no Brasil. Porque nossas vidas e as vidas de crianças não são nada. Homens só querem gozar.

Mas a característica mais bizarra – e perigosa – do movimento queer é a ideia de que ele é a união de todas as diversidades sexuais lutando contra as opressões. A opressão, para os ativistas do movimento queer, é o acesso sexual negado. É opressão, para eles, que mulheres materiais lésbicas não queiram fazer sexo com pênis conceitualmente femininos. E aí temos o estupro corretivo de lésbicas, porque como assim uma mulher que não quer um pau entrando em seu corpo? Eles pregam a liberdade sexual irrestrita, inclusive para pedófilos e até mesmo zoófilos. O gozo deles em primeiro lugar. Para ativistas do movimento queer, o fetiche dos homens, particularmente dos homens gays, deve ser soberano. Eles fazem malabarismos teóricos para convencer, dentro do feminismo, que sofrem mais do que as mulheres materiais por sentirem que seus paus não podem penetrar tudo o que enxergam pela frente. Eles fazem malabarismos para enfiar em nós a ideia de que pedofilia pode ser estratégia de vínculo entre pai e filha! E que tudo bem! Porque “filia” é amor. E uma criança pode consentir o contato sexual mesmo sem ter capacidade cognitiva para compreender as consequências de se relacionar sexualmente com alguém. Consequências entre as quais estão as DSTs e a gravidez.

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Se você ainda não se convenceu do que eu estou dizendo aqui, volte e veja os prints ali em cima. Seja honesta consigo mesma. Aquelas imagens valem muito mais do que os meus argumentos. Vá atrás das fontes você mesma, é possível. Procure a página em questão. Vá. Não tenha medo. Ninguém saberá além de você. Depois, se no fundo de sua consciência você concordar com o que lê aqui, aí você pensa nas decisões que será obrigada a tomar a partir de sua nova realidade. Por ora, apenas permita-se pensar. Pois é exatamente o que eles querem que você pare de fazer. Assim eles falam por você, por mim, pelas mulheres, como sempre foi, dentro e fora da Academia.

MOVIMENTO QUEER E GRÉCIA ANTIGA

É da Grécia antiga que toda a cultura ocidental surgiu. E essa cultura obviamente não se manteve porque simplesmente era boa para todos, menos ainda para todas, mas sim porque ela beneficiava – e muito – alguns poucos homens poderosos. Nesse período, pois, não existia ainda o amor heterossexual. Não existem registros de homens que amavam suas mulheres, com exceção das hetairas – as prostitutas de luxo, uma delas foi tutora de discurso de ninguém mais, ninguém menos do que Sócrates – por quem eles se apaixonavam devido a inteligência delas, “incomum para mulheres” na cabeça deles. Os homens se apaixonavam mesmo era por homens. Mais precisamente: os mestres se apaixonavam por seus discípulos – meninos pré-púberes – e a isso davam o nome de pederastia. Mais tarde, quando o discípulo virasse mestre, ele poderia ter a sua própria paixão.

Enquanto isso, enquanto os meninos podiam aprender lutas, astronomia, filosofia, matemática, retórica, medicina, por meio de seus mestres. E foi daí que surgiu a ciência ocidental. O berço da Academia foi talhado com mão-de-obra pedófila gay. Enquanto isso, meninas e mulheres não aprendiam a ler ou escrever, não podiam comer à mesa com seus senhores e nem usar a casa toda. Elas ficavam no segundo andar. E essa parte da casa chamava-se gineceu.

Quando ativistas queer me chamam de cis, eu vejo homens gregos me mandando calar a boca e subir para o gineceu. A história que a Academia conta não conta a história das mulheres, porque isso seria admitir que os homens que controlam a ciência são sádicos.

MASCULINIDADE E SADISMO

A masculinidade liderando a Academia cometeu as piores atrocidades da história humana. Aprendi isso apenas engravidando e tendo contato com outras mulheres grávidas. A história da ginecologia é uma das mais perversas que já vi. Seu “inventor”, James Marion Sims, era um racista sádico que usou mulheres negras como cobaia, realizando experimentos – cirurgias – sem anestesia. Atualmente, no SUS, é sabido que às mulheres negras, em grande parte dos casos, a anestesia é negada pois “mulheres negras são mais fortes”. Mais racista e mais misógino impossível. Mas quem está falando sobre isso dentro do movimento do parto humanizado? E quem está falando, será que está sendo ouvida com a devida atenção? Não é o meu lugar de fala, pois sou branca, mas esse fato revela, assustadoramente, que desde a sua criação até hoje, a ginecologia pouco mudou. E se pouco mudou é porque a Academia não quer que mude.

Aliás, foi a Academia mesmo que roubou o protagonismo da mulher no parto, tirando as parteiras – e o vasto conhecimento delas sobre sexualidade feminina – da frente porque eles, os homens, queriam se apoderar também do nascimento. E se apoderaram com tudo o que tinham direito. Passaram a tratar parturientes como prisioneiras de guerra, torturando-as, prendendo-as à maca, obrigando-as a jejuar, mutilando-as, e até mesmo matando-as. A violência obstétrica não é um acidente de percurso. É um termômetro de como a Academia enxerga e trata as mulheres. A Academia ainda é liderada por homens. E as mulheres – especialmente de humanas – que a ela chegam, devem submeter suas ideias às teorias queer. Porque é para isso que as teorias queer servem. Para perpetuar a mulher como objeto, “o outro”, como diz a psicanálise. E o homem como o único sujeito possível.

CONCLUSÃO

Se as mulheres acadêmicas não usarem de seus privilégios para peitarem a colonização do feminismo pelo movimento queer, a Academia continuará sendo liderada por homens sádicos, pedófilos e estupradores que chamam a si mesmos de feministas.

46 Respostas para “Feminismo queerizado passa pano pra pedofilia”

  1. jacklilith

    Moça, sua maravilhosa!!! Encontrei seu texto por acaso, não te conheço e não conhecia seu blog, mas estou tomando a liberdade de vir aqui dizer um “OBRIGADA” em alto e bom som pelo seu texto!!! Desde que conheci o feminismo penso assim e, muitas vezes, é difícil argumentar justamente por medo de ser transfóbica!!! Você me ajudou demais a organizar algumas coisas que às vezes me confundem!!! Espero que continue sempre forte na luta; precisamos de você e de muito mais gente como você!!! ❤

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    • milfwtf

      Obrigada! Olha, você não precisa ter pessoas silenciadoras nos seus contatos. Chamar de transfóbica por questionar misoginia ou qualquer outra violência vinda de ativistas queer é uma forma de silenciamento e esse silenciamento tem um objetivo: evitar o encontro entre mulheres que produzam luta e conhecimento a partir de suas realidades MATERIAIS. Por exemplo: sobre pedofilia. Essas pessoas têm um ponto fraco: acham que somos burras. Acham que mulher dotadas de úteros REALMENTE são inferiores, especialmente nós latinas. Acham que seremos para sempre as menininhas machucadas incapazes de lutarem por si mesmas. Não contavam com a nossa astúcia! kkkkkkkkkkkkkkkk beijos

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      • jacklilith

        Hahaha pois é!!! Perspectiva materialista tá faltando e muito no mundo; tá difícil lutar assim!!! Mas vamo que vamo, que juntas somos mais fortes 😉
        Muito obrigada mesmo!!! Beijão ❤

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  2. aayla

    Achei super interessante esse texto. Já havia visto essa mesma opinião em outros locais, mas nunca tão bem elaborada. Concordo em partes com o que falou, mas ainda assim, não acha que para ser contra pedofilia, e toda a problematização em volta do movimento queer, não é necessário ser contra o movimento ? Eu sempre aceitei mulheres trans e faço o máximo para não falar coisas que possam ofender suas identidades, e abomino qualquer coisa relacionada a pedofilia. Não consigo ver como pedofilia está diretamente ligada a mulheres trans, muito pelo contrário.
    Fora isso, ênfase nesse trecho “A opressão, para os ativistas do movimento queer, é o acesso sexual negado.” meu deus, como isso me incomoda. Não consigo achar uma palavra pra descrever o que acho de pessoas que gritam aos sete ventos que não aceitar fazer sexo com mulheres com pênis é transfóbico. Sinceramente. Abç

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    • milfwtf

      Eu não associo trans a pedofilia. Associo o queer a pedofilia. Mas não acho que o fato de ter topado com duas trans >>>ativistas queer<<< que promovem o pensamento pedófilo seja apenas uma mera coincidência. Não acho que toda pessoa trans seja pedófila, não mesmo, meu texto nem fala muito de trans, eu foquei bastante nas teorias queer pra não dar esse pano pra manga. O meu problema, mesmo, é com as teorias queer que tomam o feminismo como um espaço em que essas teorias devam ser incorporadas.

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  3. Claudiana Barbosa

    Eu realmente não entendi seu texto, talvez por ter lido pouco sobre a teoria queer, e do pouco que li não vi como uma afronta ao movimento feminista. Não sei, talvez eu esteja errada e talvez você tenha escrito isso no calor da emoção. Mas estou completamente assustada com suas palavras.

    Se puder, comunique-se comigo, gostaria de conversar sobre isso também.

    Claudiana

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    • milfwtf

      Olá, Claudiana. O que você não entendeu? Sim, podemos conversar. Não, não escrevi no calor da emoção. O calor da emoção passou, esse assunto não me deixa mais nervosa, este é um texto bastante frio, não pretende der um desabafo como meus textos de um ano atrás mas sim um alerta dos rumos que o feminismo está tomando, falando num nível internacional, por intermédio do queer. Não é um problema meu, mas sim um problema social.

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    • Carmen

      Claudiana, não sou a autora deste blog, mas sou uma militante ex-queer. Eu li muita coisa sobre o assunto, muita mesma, e as informações teóricas e históricas aqui contidas são verdadeiras, não estão relacionadas a um exagero motivado por emoções fortes.

      Basicamente, o queer diz que existem “gêneros”, que são os papéis sexuais atribuídos aos corpos quando estes nascem. Você nasce com pepeca, te dão o gênero feminino para “performar”, isto é, reproduzir. Para esta teoria, o gênero só existe enquanto está sendo performado. Cada pessoa é agente, protagonista do próprio gênero. Eu, por exemplo, sou mulher porque me visto enquanto tal, porque vou ao banheiro feminino, uso maquiagem. (obs.: eu pessoalmente não uso nada disso, é um exemplo hipotético”. A solução para as mulheres seria “deixar de ser mulher”, desertar o gênero feminino, usar roupas diferentes, trejeitos diferentes, banheiros diferentes, e assim todo o nosso problema seria resolvido. Os gêneros, para a teoria queer, não têm uma hierarquia entre si (onde o homem seria mais privilegiado que a mulher, oprimindo-a), o problema é que os gêneros são limitantes para a expressão de individualidades potenciais. Sendo assim, o gênero masculino é tão opressor quanto o feminino, o gênero feminino oprime as mulehres enquanto o gênero masculino oprime os homens.

      Esse raciocínio é correto até a metade do caminho. O gênero feminino, os papéis sexuais dados à mulher, são a nossa opressão. Porém, a teoria queer nega que haja agentes da opressão das mulheres. Judith Butler, a teórica mais importante da corrente, diz que essa opressão é “cultural”, como se fosse o vestígio de outras estruturas sociais, de um passado que já acabou. O “gênero” é reproduzido por mecanismos inconscientes, isto é, que não fazem parte de uma reflexão voltada para objetivos específicos. Já Beatriz Preciado, outra teórica importante, adota o pensamento de Hardt e Negri, no qual vivemos em um Império, comandado por um capitalismo corporativo difuso, em que já não se pode mais falar de classes dominantes. Esse é o erro que as feministas materialistas francesas, as radcais anglo-saxãs e a autora deste blog tentam apontar: o papel sexual da mulher é definido por sujeitos históricos que têm estado no poder há séculos, sempre reformulando suas estratégias para continuar cupando as mesmas posições. O “gênero” feminino, ou papel social da mulher, lhe é dado por homens, que o mantém pelo uso da força, sendo o estupro ou sua iminente ameaça a arma que utilizam para nos deixar em perpétuo terror, colocando nossas vidas em risco, e fazendo-nos acreditar que nossa sobrevivência depende de agradar os machos para que eles nos poupem de suas sanções – a síndrome de Estocolmo.

      Quando a teoria queer define “mulher” como algo que não existe, que depende da eterna performance de gênero (vestir-se, falar, trejeitos), esvazia a categoria “mulher” como uma categoria econômica composta por fêmeas que têm seu trabalho e seus corpos roubados por homens através do uso da força.

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  4. Tainã

    voces sao doentes !! sou feminista, o feminismo prega a IGUALDADE entre os generos , essa teoria eu nunca tinha ouvido falar ; mas pelo li nao tem absolutamente nada a ver com o feminismo!! lembrando que existe o femismo – imagino que vcs que se dizem feministas devem saber bem a diferença entre um e outro . Pregamos a igualdade entre homens e mulheres principalmente na parte social , a de ambos terem a mesma formaçao academica e receber o mesm o salario , ; desempenhar as mesmas funçoes e trabalhistas e serem tratados como funcion arios igualmente ; o direito de sair a rua de short pq sentimos tanto calor como qualquer ser humano e nao ser vista como um objeto querendo sexo , entre outras coisas .

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    • milfwtf

      Sim, Tainã, somos doentes por lutarmos contra a pedofilia. Eu não sou mais feminista, não tenho apego ou compromisso com nenhuma vertente ou teoria, o meu compromisso é com o resgate da minha própria história a fim de ajudar outras vítimas de pedofilia a quebrar o silêncio. Além disso, tenho um compromisso também de apontar quem incentiva pensamentos pedófilos, vindos do Papa ou de pessoas infiltradas no feminismo pra barrar certas lutas.

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    • milfwtf

      Sobre igualdade: eu não quero ser igual aos homens. Homens são assassinos, estupradores, pedófilos, e isso que estou dizendo é baseado em estatísticas, basta uma pesquisa no Google pra você ver que a violência, quem mais comete, são as pessoas do sexo masculino. Quem inventou as guerras? Quem está a frente delas? Quem comanda o Estado? Temos apenas 9% de mulheres na participação política. Quem comanda o capital, os bancos, as empresas, o tráfico de drogas? As mulheres estão ocupadas demais com a dupla jornada de trabalho, com o cuidado com os filhos que sempre recaem nos nossos ombros. Você quer igualdade? Beleza, seu direito, mas eu não quero e muitas mulheres também não querem. Eu não quero o direito de ser diretora de uma empresa e ganhar muito dinheiro explorando outras mulheres pra isso como eles fazem. Eu não quero ser uma abandonadora de crianças. E mesmo se eu quisesse tudo isso, eu nunca teria, porque não basta a minha vontade, existe uma estrutura social que, caso eu quisesse agir como um homem e abandonar um filho (deusamelivre toc toc toc), jamais ficaria impune, pois a família me controlaria, enquanto homens abandonam e tá tudo certo, deixa ele, normal, fazer o quê? Igualdade é uma mentira. Procure pela palavra EQUIDADE no Google e pense sobre isso.

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      • IGN

        eu acho que ela quis dizer que vc odeia homens,a palavra femista significa isso…mas essas gurias nem se perguntam se os homens merecem e fazem por onde merecerem nosso maor,não é? podem nos matar,bater,estuprar é vontade que no final temos que sorrir,fingir que nada e xiste e amá-lo….afee

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  5. Carmen

    Na qualidade de ex-militante queer, abusada por pessoas desse movimento, na qualidade de pessoa com um histórico tenso em relação à ginecologia e ao próprio corpo, não podia estar mais contemplada por esse texto. É a melhor coisa que li esse ano, sem exagero nenhum, e como sempre, só tenho a agradecer ❤

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  6. sabrina

    Chocada. Nunca me aprofundei muito em teorias, me digo (ou dizia) feminsita pelo entendimento pessoal que nós mulheres somos historicamente e socialmente prejudicadas nesse mundão, que somos usadas, diminuidas, nos dizem o que ser, o que fazer e usam dos nossos corpos. Desde que me tornei mãe, sai da matrix… a sororidade tomou conta de mim.

    Nunca me envolvi, mas sou simpatizante dos LGBT, não tinha o mínimo conhecimento desse aspecto, vou me informar melhor, muito obrigada.

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  7. A genealogia das teorias Queer é patriarcal | M.I.L.F. WTF?

    […] Mais genitalizante e perverso impossível. Você, mulher, já sentiu inveja do pênis de algum homem? Quando menina, sentiu desejo sexual pelo seu pai sem que tenha sido induzida a isso por meio de abuso sexual? Nenhuma mulher precisa estar academicamente credenciada para dizer não, eu nunca senti nada disso, a culpa não era minha e sim do pedófilo do meu pai. Essa vivência, essa resposta, ela pertence somente a nós, que nascemos com sistema reprodutor feminino e fomos estereotipadas tão perversamente com o objetivo de continuarmos cativas, por meio de teorias reformistas colonizadoras como o Queer, que chama de TERF qualquer mulher que reivindique o seu lugar de fala. Percebe que aqui está a deixa para argumentos como “ela não é ingênua, estava me seduzindo”? Socialização masculina, minhas caras, está completamente ligada ao abuso sexual das meninas. A herança deixada por Freud dá passe livre para trabalhos acadêmicos de base teórica Queer que defendem que a pedofilia não é esse monstro que aparenta ser, e que o incesto entre pai e filha po…. […]

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  8. milfwtf

    Eu vou aprovar este comentário apenas para que as minhas leitoras vejam como é recorrente esse povo querer deslegitimar a voz de sobreviventes de abuso sexual infantil que não querem mais se calar dizendo que precisamos de tratamento psiquiátrico. Matheus, o senhor é que precisa de tratamento, pois se o senhor acha que incesto pode ser estratégia de vínculo entre pai e filha, uma das denúncias deste post, você tem que ir correndo pedir ajuda psiquiátrica porque seus pensamentos são pedófilos. Um beijo.

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  9. Feminista em formação

    Sou fêmea de nascimento, queer em identificação de gênero e feminista. Esse texto além de não me contemplar enquanto sujeito pertecente à esse mundo (e à essa luta), distorce horrendamente a teoria queer. A começar pela “paternidade” da teoria queer, que nesse caso, pasmem, é “materninade”! A teoria queer não nasceu como foi informado pela autora do texto, e uma das principais pesquisadoras (e idealizadora) da Teoria Queer é uma mulher que, embora nunca aceitou o título de “mãe” da teoria, assim é tratada por todes que realmente estudam o topico dentro da antropologia e das ciências sociais.
    O fato de existirem pessoas trans que apioam e fomentam atos de pedofilia (e outros tipos de violência), não justifica a generalização que foi feita nesse texto.
    Pessoas não binárias existem em muito mais quantidade de que vc provavelmente imagina, e o fato de eu me considerar não binária (ou seja, as categorias “mulher” ou “homem” não me contemplam), não me isentam de lutar pela igualdade de gêneros (no caso, todos os gêneros, dentro E fora do binarismo).
    Não me coloque no “mesmo saco” de pessoas criminosas e violentas pelo simples fato de pertencermos à uma categoria de gênero diferente das tradicionais. Desculpa te informar, mas esse texto que vc escreveu, ao meu ver, é generalista e portanto preconceituoso. Muito preconceituoso.

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    • milfwtf

      A teoria queer nasceu de uma colaboracionista chamada Judith Butler, mas para formulá-la, ela bebericou nas teorias falocêntricas de Freud (mulher tem inveja de pênis) e de Lacan (a mulher não existe). Não é distorção. Judith é só mais uma lésbica que tenta agradar machos gays acadêmicos, e agrada, agrada muito, pois afinal a teoria que ela criou embasa pedofilia, embasa macho branco barbado se autodeclarando mulher lésbica negra em evento presencial feminista, colocando integridade física de mulheres em risco, embasa o apagamento das lésbicas. Não, este texto não é uma generalização, é uma denúncia, denúncia de que o feminismo não pode ser reformado pelo queer porque as teorias queer são patriarcais, nascidas em berços misóginos, de pessoas reconhecidamente misóginas, nem sei como Judith foi capaz de fazer de conta que ela se baseava em teorias misóginas para formular isso aí que você está defendendo. Lutar pela igualdade dos gêneros? Quem aqui quer igualdade? Eu não quero ser igual a homem, e mesmo que eu quisesse eu nunca seria. Sabe quando que mulher vai poder abandonar filho igual homem? NUNCA! 5 milhões de crianças sem registro paterno porque homens são abandonadores e mulheres são o contrário disso, mulheres são socializadas para o cuidado, cuidam sozinhas de suas crianças, aos trancos e barrancos. Sabe quando que mulher vai estuprar o mesmo tanto que homem? NUNCA! Sabe quando vai existir tanta mulher pedófila no mundo quanto existe homem? NUNCA! A igualdade é uma piada, onde você aprendeu isso, na Universidade? Sinto muito te informar, mas você precisa descer um pouco do pedestal e olhar um pouco pra realidade material do teu país, pra realidade das mães, das meninas abusadas sexualmente, das lésbicas periféricas, sabe? Enquanto você defende uma porcaria de uma teoria que embasa estupro corretivo de lésbicas, uma mulher morre a cada meia hora no Brasil por feminicídio e você vem me falar em igualdade? Dá uma acordadinha, moce.

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  10. Sophie Dall'olmo

    Compartilhei um trecho do texto que fala da Grécia. Uma parte do texto fala em “mão de obra pedofila gay” e, um amigo gay (pra variar) falou que esse trecho foi péssimo. Queria entender melhor essa frase e queria ajuda para contra argumentar o que ele falou. Me ajuda? Pode ser por email, se preferir ou pelo face. Beijos e amo teus textos.

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    • milfwtf

      Sim, Sophie, te explico.
      A resposta está no próprio texto.

      “Os homens se apaixonavam mesmo era por homens. Mais precisamente: os mestres se apaixonavam por seus discípulos – meninos pré-púberes – e a isso davam o nome de pederastia.”

      A Academia nasceu na Grécia antiga, onde os conhecimentos gerais eram passados entre homens mais velhos e meninos pré-adolescentes, ou seja, o berço da academia foi talhado em mão-de-obra pedófila gay.

      Seu amigo que te deve explicações sobre o comentário dele que em nada agregou, apenas descredenciou meu texto a despeito dos livros de história que embasam o que eu disse aqui, e não você que deve convencê-lo de nada. Perde tempo com bicha cínica não, more.

      Beijo!

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      • Sophie

        Pra variar, houve silenciamento, misoginia e depois post ~tentando~ me ridicularizar no perfil pessoal. Isso tudo porque, segundo ele, afirmei (com o texto) que homossexualidade envolve pedofilia.
        Ah, houve também culpabilização, chamando de hétero (namoro um homem), como se nao existisse compulsoriedade.
        Enfim, deveria ter ouvido quando tu disse que não era pra perder tempo com bicha cínica. Se tu tiver mais textos sobre esse assunto, pode me passar?
        Obrigada e ver macho se incomodando com o texto só faz eu gostar ainda mais dele ❤

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  11. francine

    Eu estudo a Teoria Queer e o que me deixa triste é ver como o queer tem se tornado um espaço de “vale tudo” q possibilita até mesmo equívocos e generalizações. Queer é muito mais q LGBT, mas uma grande parte das pessoas têm usado como sinônimo. Mas há tanta coisa por trás do queer q sua limitação a esses discursos de sexualidade e transfeminismo o tornam só mais um discurso marginalizado proferido pelos q dominam o discurso LGBT.

    Não aprovo a prática da pedofilia, não aprovo zoofilia, não aprovo muitas coisas…. mas encontrei representatividade no queer enquanto discurso acadêmico por ser polissexual (ou pansexual) e não me identificar apenas como do gênero feminino.

    Tb não compactuo com muitas visões feministas, e com outras transfeministas… Enfim, gostaria tanto de t passar uma outra perspectiva do queer, justamente pq tudo não é “preto e branco”….

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    • IGN

      Francine,

      Creio que entendo o que vc quer dizer,estou na mesma situação..eu de uns tempos pra cá,devido á profundas decepções com o movimento feminista ( em particular,o infame neoliberal) eu decidi me tornar gender queer,apesar de que aqui no Brasil eu continuo sendo vista como mulher “com um senso de moda estranho”.Até então,o que eu encontrei sobre queer no google era o que poderíamos chamar de “crossdressing”: homens e mulheres inconformados comm as regras de vestimneta para seu gênero,mas eu me sentia mal em ver os homens se vestindo e agindo como mulheres,parecia um deboche á nossa opressão,sendo que nós mulheres estavamos sendo queer justamente para nos livramos de tudo aquilo.Pude ver claramente que a feminilidade é um feitiche masculino que nada tem a ver com nossa natureza.

      Eu não conhecia esse lado sombrio do queer,descobri nesse blog;em termos de mulheres queer simplesmente,eu não vi essas bizarrices,apenas questionamentos sobre feminilidade e como se libertar desta,lesbianimso,preconceito social.Essas bizarrices sexuais,para variar,estão partindo do lado masculino do movimento.Com este lado nunca tive contato…felizmente.

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  12. Beatriz

    Flor (será que posso te chamar assim?)
    Fiquei horrorizada com seu texto.
    Cheguei aqui através de discussões em fóruns feministas e um link leva a outro.

    Sempre fui adepta do feminismo, mas há uns anos atrás me envolvi num relacionamento que quando me dei conta estava tentando racionalizar o bolsonaro… enfim, agora, liberta das correntes estou na porta da caverna e com medinho de sair.
    Seu texto me fez pensar em muita coisa e no que depender de mim, pedófilos não passarão!!!

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  13. Júlia

    Adorei seu texto! Esses homens que se acham mulheres são MUITO misóginos. Mulher trans é o caramba, são homens. Há cerca de 6 meses eu estava em um bar com uma amiga e sentaram-se perto: um homem que se acha mulher, uma mulher e um cara gay. Essa amiga que eu estava é obesa. Quando ela foi ao banheiro, pisou sem querer no pé do cara gay da outra mesa. Na mesma hora o homem que se acha mulher levantou-se e acabou com a minha amiga. Eu estava sentada à mesa e quando vi aquilo corri para lá. Me transformei e acabei passando dos limites, humilhei o cara. Ele estava chamando minha amiga de aberração, de baleia, disse que ela era uma mulher bizarra, enfim. Entendam, mulheres: A MAIORIA DOS HOMENS GAYS OU “TRANS” SÃO MISÓGINOS. Deixem de ser idiotas. Para eles, a mulher que serve é a gata, rica e cool. E eu falo por experiência, eu sou sarada, concursada federal, tenho meu carro e meu apto, ambos quitados. Eles me adoram. Me adoram apenas por isso, entendem? Se eu fugir disso algum dia, não estarei mais no grupo cujo eles gostam de relacionar. O resto das mulheres que não entram nesses padrões é LIXO. Isso não é pré conceito, é pós conceito. Dessas mentes doentias eu quero distância. Eles não tem apoio dos caras heteros. Não os apoie também. Deixem eles sozinhos se afundarem na própria misoginia.

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  14. monikugler

    Postei esse teu texto num grupo de whats que tinham um gay e uma lésbica, fui rechaçada até o último. Eu sou feminista e nunca concordei com trans dentro do movimento, achei o cúmulo principalmente a pag desse evento que está ai no seu texto.
    Me falaram que nao tem nda demais e que é errado expor pedófilo dentro do mov lgbt pq estaria incitando mais ódio e homofobia contra eles e a criança q se foda pra eles.
    Feministas me atacando por nao ter empatia com homem trans e nao aceitarem minha opinião, como se fosse obrigada a aceitar macho dentro do mov sabe?
    Só nao consigo entender como mulheres e lésbicas defendem isso? Muitas nao acreditan no tal estupro corretivo vindo de pessoas trans.

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    • milfwtf

      Entendo e estou de acordo com tudo, menos com a parte em que você chama homem trans de macho.

      Homem trans sofre misoginia e é direito deles serem acolhidos dentro do feminismo.

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      • Moni Kugler

        Então acho que entendi errado seu texto, achei que era contra trans no movimento feminista, por vários motivos.
        Acho que cada um tem uma opinião e eu nao concordo com homem dentro do movimento feminista, independente de ser trans ou não, são opressões diferentes, não nasceram mulheres.
        Por isso nesse ponto concordo com as rads, tmb por já ouvir diversas experiências nada boas que elas passaram com homem trans.
        Mas enfim respeito tua opiniao, mas mantenho a minha.

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      • milfwtf

        Isso não é sobre opinião.
        Opressão não é questão de opinião.

        Homens trans sofrem misoginia. Você acha que quando homem trans engravida e sofre violência obstétrica ele tá sofrendo o quê?

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      • monikugler

        Que eu saiba mulher trans engravida e nao homem trans. Só se fizer um transplante de útero irá engravidar.
        E não eu como mulher não sou obrigada a aceitar homem que se identifica como mulher num mov feministam

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      • milfwtf

        Homem trans tem vagina e se engravidar vai sofrer violência obstétrica. A identidade dele não o protege de sofrer mutilação genital.

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      • Moni Kugler

        Os que fazem cirurgia para mudança de sexo, sim tem um projeto de vagina né? nunca vai ser como de uma mulher. Mas útero pra mim é novidade, nunca ouvi falar de homem trans que tem útero e que tenha feito transplante de útero e nem que existe essa possibilidade.

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    • camila leite

      Moni, me parece que você só se enganou quanto à terminologia, pois você está confundindo “homem trans” com “mulher trans”.

      O que chamam de “homem trans” são pessoas nascidas com vagina que, como tentativa de escape da misoginia, se “identificam” com o gênero masculino e passam a se dizer homens, podendo inclusive fazer cirurgia de transição e tomar hormônios para isso. Ou seja, “homens trans” são mulheres.

      Por outro lado, “mulheres trans” são pessoas nascidas com pênis que se dizem mulheres. Ou seja, “mulheres trans” são homens.

      Espero que isso esclareça suas questões e a discussão com a Natacha.

      Concordo com todas as outras coisas que você disse.

      Abraço.

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    • Sabrina Silva

      Mulher trans = homem que acredita ser mulher
      Homem trans = mulher que acredita ser homem

      vcs não tão se entendendo porque ela tah confundindo homem trans com mulher trans.

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  15. Feminismo Radical – idk

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  16. Eu sou feminista radical? (II)

    […] veio a Natacha Orestes e essa foi especial, pois o texto dela ecoa na minha mente até hoje. “Feminismo queerizado passa pano pra pedofilia”, é o nome dele. Li ele uma, duas, três vezes. Dei uns meses. Li de novo, mais e uma vez. Acho que […]

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  17. Pedro Henrique Moisés

    Uau! Que texto maravilhoso!!! Como é bem escrito! Uau! Estou inspirado! Mulheres vêm me inspirando ultimamente e vêm me tirado do ostracismo acadêmico.
    Quero te dar os parabéns! Parabéns!

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