A busca
Eu não quero “ser feliz” e nem “busco prazer em tudo o que faço”. Não acredito nem na felicidade e nem no prazer como produtos do meu esforço, pois o sentimento de alegria que norteia o meu viver, por uma questão de observação do meu próprio estar no mundo, sempre surgiu não das minhas expectativas sobre felicidade e prazer, mas da conexão que tenho com os meus próprios sentimentos e com os sentimentos de pessoas que me são caras.
Eu busco significado no caminho pelo qual eu mesma sou responsável. Não recompensas de qualquer tipo. Me remoo em dores, minhas e alheias, pois não há como fugir delas sem causar estragos. Só há como encará-las de cabeça erguida, ainda que eu esteja, muitas vezes, caída no chão, perplexa com o peso morto que carrego nos ombros. Mas ainda assim alegre por ter a oportunidade de enxergar a minha trajetória com carinho. Gosto de quem eu fui, sou e serei.
Eu busco significado e o significado está nas pessoas. Nas pessoas que me são. Essa é de todas a grande lição: a humanidade habita dentro de mim. E se dentro é fora como o que está em cima é igual ao que está embaixo, então me entrego com gratidão a essa consciência nova que a maternidade trouxe comigo. Foi com o Théo que aprendi a verdadeiramente amar. Me amar para amá-lo.
Sou a minha própria mãe me apontando os próprios caminhos com a plena confiança em minha potência. Isso é o melhor que posso dar de mim a mim mesma, ao mundo, ao mar, às estrelas, às àrvores, aos pássaros e aos outros.
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